bromil
autor desconhecido
moura brasil
autor desconhecido
lifebuoy
autor desconhecido
vacina obrigatória
autor desconhecido
Um passeio divertido por um século de mentalidades, concepções e práticas de saúde publica. Do jeito que só a música conduzida com a maestria de Pauleira, a coordenação de Clarinha e a voz entusiasmada da trupe de Manguinhos podem produzir.
Jingles que fizeram história: Bromil, Moura Brasil, Lifebuoy. Época do rádio, reclames em bondes, curas milagrosas. Farmácia de manipulação, nacional e multinacional ainda se misturando na crescente indústria farmacêutica.
Astro da higiene científica de Pasteur e Koch, o micróbio do amor ataca o juízo e o peito e não tem quem dê jeito. Nem homeopatia, prática então corrente já sendo escanteada com o rótulo de charlatanismo pela medicina oficial.
Seu Oswaldo Cruz antropofágico, moço sábio, mata-mosquito e mata-rato, de Cuba trouxe a idéia e tudo se mistura, Cuba e Bahia, ilhas de Xangô e Iemanjá.
Rato de pestilência, parido por sogra antes da morte, ganha pão que vale um tostão no guichê da saúde pública.
Vacina obrigatória é ferro a pulso no braço do freguês, que ou se sujeita ou vai p'ro xadrez. Faz até moça inocente, mas um pouquinho "adiantada", chegar no altar já vacinada. Bom p'ra sogra, ruim p'ro povo: ferro é p'ra boi ou p'ro diabo que os carregue.
A vida com tanta luta e labuta e ainda muito cômica, com essa Caixa Econômica com juros a ganhar.
Tem também mitocôndria e genética. Afinal, todos viemos de lá, do DNA. E o tratamento moderno? Alta complexidade com cineangiocoronariografia. Mas só p'ra rico que vai aos "Isteites" enquanto o pobre se vira no INPS de qualquer "jeites" .
E o estilo de vida, os hábitos saudáveis? Se morrer do coração, é porque amou de mais. Saúde é também "sair do sério", estar vivo mas cheio de graça, fazendo gente feliz.
Qual o futuro? Brasileiro no cyberespaço, vagabundo sideral, com seus poucos segundos de "olha eu aqui mamãe?!”
Não, se depender desse pessoal que com riso e muita galhardia se juntam à tropa de novos Owaldos e seus blue-Manguinhos pelo Brasil afora.
Paulo Gadelha